segunda-feira, 25 de abril de 2016

OS DIAS FELIZES






























Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

Os Dias Felizes!

Os dias felizes da infância,
São de esperança e contentamento,
Passam muito lentamente,
Por entre jogos e brincadeiras,
Na ânsia de crescer e ser gente,
Para dar um rumo à vida,
Entrega-se muito ao estudo,
Para aprender e saber,
Preparando-se para o trabalho,
Vive a pensar numa profissão,
Por entre incertezas cruéis,
Surgem grandes dificuldades,
Os dias felizes terminam,
Quando chegam os problemas,
E tudo se torna confusão,
Bate forte o coração,
E morre muita ilusão,
Até que deixa de ser criança,
E sente-se feito adulto,
Numa radical mudança.
Enfim!
Acabaram tantos dias felizes,
Morreram as brincadeiras,
Surgem as responsabilidades,
Sempre trazendo canseiras.


Torres Novas, 25/04/2016

VERDADES DITAS




Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

Verdades Ditas!

O poeta escreve com capricho,
Para dar à poesia vida eterna,
Com roupa velha ou moderna,
Não deitem as palavras ao lixo.

O verso com a métrica e a rima,
Tem a beleza e maior categoria,
Faz com palavras uma sinfonia,
E por sua natureza, obra-prima.

Com as palavras se faz o verso,
E com tábuas se faz um caixão,
Só com a magia se cria a ilusão,
Viver no mal faz o ser perverso.

Quem canta o seu mal espanta,
Quem chora não está nada feliz,
Muita baboseira um político diz,
Para agradar a todos encanta.

A honra vale mais que tesouro,
Quando o mundo vive honrado.
Estouvado é ser moço-forcado,
Sem ter embolado bem o touro.

Torres Novas, 25/04/2016