quinta-feira, 19 de maio de 2016

CUIDADO COM O MAR
























Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

Cuidado com o Mar!

Permaneci deitado numa duna,
Junto do mar bravo tão agitado,
Ai passei pelas brasas sossegado,
Mas acordei coberto de espuma.

Era o vento que nas suas rajadas,
Já arremessava a espuma do mar,
Sai dali e pus-me logo a desandar,
Mas as roupas iam bem molhadas.

À beira do mar é sonhar acordado,
Porque os que ali ficarem a dormir,
Uma súbita tempestade pode surgir,
Podem até passar um mau bocado.

Eu também me senti bem apertado,
Há tempos e em São Pedro de Moel,
O mar avançou com sua força cruel,
E estive prestes a morrer lá afogado.

Tinha comido uma boa sardinhada,
Bebido uns copos de vinho valentes,
Mas logo senti um ranger os dentes,
E salvei-me da morte por um nada.

Torres Novas, 19/05/2016

Foto: Net

ODE À BELEZA DA VERA


























Relicário das Canções                              
Autor: Manuel Mar.
 
Ode à Beleza da Vera!
 
A Vera era uma mulher bela,
Que quando saia para a rua,
Até o trânsito ficava parado.
Ninguém era lindo como ela,
E até sonhavam com ela nua,
Pois ela nem tinha namorado.
 
Mas era realmente muito bela,
A sua pele era bem bronzeada,
Ela usava sempre roupa bonita.
Os amigos viviam à porta dela,
Numa espera tão desenfreada,
Para a ver de vestido de chita.
 
Logo que vinha época de praia,
Cada dia a Vera por lá andava,
A passear no seu lindo biquíni. 
Os amigos sempre com sua laia,
Nunca algum dela se separava,
Até parecia que viviam por ali.
 
Eles queriam com ela namorar,
Ela namorar ainda não queria,
Pois era nova para se prender.
Alguém se conseguiu declarar,
Ela aceitou com muita alegria,
Faziam um par lindo de se ver.  
 
Torres Novas, 19/05/2016
Foto: Net

MORTE À VIOLÊNCIA
















Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

Morte à Violência!

Mote:
Já nem se podem ler jornais,
Só sangue escorre das letras,
Melhor fora fossem só tretas,
Mas tanta violência é demais!
I
Basta de violência má e cruel,
Gente desesperada, insensata,
De coração mau e cheio de fel,
Só para com quem lhes é infiel,
E tornam a vida muito ingrata.
II
Parecem ser as feras selvagens
A viver com corpos desumanos,
É gente que vive nas margens,
Que vê filmes de más imagens,
Que os transformam em tiranos.
III
Há tanto desregramento moral,
E muito boa gente mal-amada,
O mais estúpido viver conjugal,
Faz a vida de amor acabar mal,
Porque de gente não tem nada.
IV
Há vidas de mentiras insensatas,
Que deixam muito má memória,
E desfeitas nas rixas e zaragatas,
Quem parecia ter vidas pacatas,
Acabam em má e triste história.
V
Poderá haver os efeitos da crise,
Da falta que existe de emprego,
O Governo estude bem e analise,
E para se remediar tanto deslize,
Porque é preciso haver sossego.
VI
Não são discursos e lamentações,
Que podem resolver o problema,
É necessário estudar as situações,
Pedir aos que tenham condições,
Para ajudar a resolver o dilema.

Torres Novas,19/05/2016

 Foto: Net

QUADRAS INÉDITAS



























Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

Quadras Inéditas!

Quando a sorte nos ajuda,
Fazemos um grande figurão,
Mas quando ela se recusa
Cuidado com o trambolhão.

Ninguém nasce ensinado,
Cão que ladra não morde,
Quem trabalha fica cansado,
Está morto quem não acorde.

Ter mulher ser rico e feliz,
Nem a todos pode acontecer,
Perder a mulher só dá sofrer,
Quem o sabe é quem o diz.

Ser rico só dá preocupação,
O pobre vive na desgraça,
O rico tem receio do ladrão,
O pobre receia passar traça.

Quem chora sente-se mal,
Quem se rala morre cedo,
Quem tem rabo tem medo,
Quem é mau não tem rival.

Ser pobre é uma desgraça,
Ser político é uma aventura,
Quem ama espera ternura,
E quem se ri achou graça.

Torres Novas, 19/05/2016

Foto: Net