sábado, 6 de agosto de 2016

A VONTADE DE SOBREVIVER
































Relicário de Manuel Mar

A VONTDE DE SOBREVIVER

A vontade de sobreviver que sinto
Coabita a minha alma desde novo
Fiz versos com sabedoria do povo
E foi do povo que herdei o instinto.

As palavras que escrevo em verso
Eram dos velhos de quem as ouvi
Foi com eles que eu tanto aprendi
Eram os senhores do seu universo.

Eram homens rudes trabalhadores
Que a falar pareciam ser doutores
Com sabedoria popular e humana.

Trabalhavam sempre de Sol a Sol
Mas sabiam de cor um grande rol
Da sua cultura religiosa e profana.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,6/08/2016

Foto: Net

O LIVRO DA MEMÓRIA






















Relicário de Manuel Mar

O LIVRO DA MEMÓRIA

                   Tudo o que se passa nesta vida
É descrito no livro da memória
Quer seja desgraça ou vitória.

Lá não há páginas em branco
Só há muitas tristes memórias
Algumas alegrias e as glórias.

Mas não cabem lá as poesias
Que minha pena faz a correr
E que quero fazer até morrer.

Tenho o meu passado descrito
Onde ficará a minha história
Mas dou a mão à palmatória.

Sei que disse muitas mentiras
E sem querer mal a ninguém
Fiz faltas e pecados também.

E se confesso os meus delitos
Espero obter todo o perdão
Porque fui o pobre cidadão.

O meu diário ficará colorido
De tudo o que à vida paguei
E rogo o perdão do que errei.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 6/08/2016

Foto: Net

O MEU SEGREDO

































Relicário de Manuel Mar

O MEU SEGREDO

O meu segredo era estranho
Por nunca parecer o que era…

Não era pequeno de tamanho
Mas era uma grande quimera!

Tive o segredo bem guardado
Nunca falei dele com ninguém.

Eu andava calado e assustado
Porque tinha medo do desdém!

Mas pensava nele tantas vezes
Por não saber bem o que fazer.

Os meus dormires eram leves
Para o segredo não esquecer!

E sonhei a tirar-me um novelo
Que a linha me saia pela boca.

Eu enrolava a linha do cotovelo
Até à mão de forma bem louca.

Depois a linha partiu e acordei
Porque fiquei muito engasgado.

Fui à retrete e tudo, ali vomitei
Mas o segredo ficou guardado!

Manuel Mar.
® Verso dístico
Torres Novas,6/08/2016
Foto: Net

RUAS SINGELAS E BONITAS





























Relicário de Manuel Mar

Ruas Singelas e Bonitas!

As ruas singelas e bonitas
São uma maravilha pura
As casas ficam tão catitas
Graças às flores benditas
Que nos inspiram ternura.

É tão airoso o cheiro delas
Que nos sentimos lá bem
Flores brancas e amarelas
Mas são todas muito belas
O melhor que a vida tem.

Ruas cheias de natureza
O regalo de quem passa
Que tão cheias de beleza
Mostram ser uma riqueza
Ter ali no meio uma casa.

São as flores mais singelas
Que mostram a perfeição
São vermelhas e amarelas
Mas todas parecem belas
E alegram o nosso coração.

Quem vive numa rua bela
Vive na terra e tem o céu
Até os ventos da porcela
Parecem que fogem dela
E não lhe arrancam o véu.

Manuel Mar
®
Torres Novas,6/08/2016

 Foto: Net

NÃO AO ABORTO









































Relicário de Manuel Mar

O NÃO AO ABORTO

Suprimir a vida humana
Será sempre imenso crime
E que ninguém se redime
Ao ter uma mente insana.

Qualquer pobre consciência
Sabe o que é o bem e o mal
Porque matar é tão imoral
Em qualquer jurisprudência.

Matar um feto é só maldade
Ao sacrificar um ser inocente
E nenhuma razão é decente
Quando é crime e crueldade.

Porque quem faz tal acção
Devia-se sentir nesse lugar
E seria capaz de se matar?
Parece-me bem que não!

E aos outros ninguém faça
O que nunca quer para si
Uma máxima que aprendi
Mas para alguns é chalaça.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 6/08/2016

Foto: Net