segunda-feira, 20 de junho de 2016

A FAINA DO MAR






























Relicário de Manuel Mar.

A faina do Mar!

Enfrentando o mar bravo e revolto,
O marinheiro dirigia a sua caravela,
E rumo ao mar deixava o seu porto,
Com saudades sentia-se meio morto,
Por se separar da querida tão bela.

A caravela apanhou mar agitado,
Mas o timoneiro sabia o que fazia,
Com o cabrestante bem amarrado,
E o pano das velas muito esticado,
A caravela em cima do mar bulia.

Ficou ajoelhada na areia da praia,
E cheia de saudades a sua mulher,
Que fustigada pelo Sol lá desmaia,
Levantando-lhe o vento a sua saia,
Mostrando as pernas tinha que ser.

No alto mar anda lá o seu sustento,
O vento sereno ajuda bem a pescar,
O marinheiro com todo o seu talento,
Reduz suas velas onde sopra o vento,
Para a faina da pesca logo se iniciar.

As vagas sussurrando muito baixinho,
Ajudam a encher o barco de pescado,
Tratando o peixe com muito carinho,
Assim que cheio se mete ao caminho,
Vê seu amor na praia ainda deitado.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,20/06/2016

 Foto: Net

Sem comentários:

Enviar um comentário