segunda-feira, 4 de julho de 2016

AMOR ACORRENTADO


























Manuel Mar.”Poesia”

Amor Acorrentado!

Agora sinto o amor acorrentado,
Nesse presídio, a tua indiferença,
E não há nada que me convença,
Que és feliz e eu só abandonado

No cárcere a que me condenaste,
E que eu já suporto estoicamente,
Tu foste como a traidora serpente,
Que até os dois filhos me roubaste.

Escapaste à ira deste condenado,
Que sem ter sido acusado de nada,
Cumpre a enorme pena perpétua.

Deus se apiedou do ser repudiado,
E essa pena foi em parte reparada,
Os filhos voltaram de vontade sua.

Manuel Mar.
Torres Novas, 5/07/2016

Foto: Net

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