sábado, 16 de julho de 2016

O BRAÇO ESFORÇADO

























O Diário dos Contos de Manuel Mar.

O BRAÇO ESFORÇADO

A implantação de República Portuguesa, em 1910, trouxe profundas e cruéis mudanças que muito afectaram o viver das gentes do nosso povo.
A expulsão dos jesuítas teve consequências muito nocivas, basta lembrar que todo o ensino em Portugal estava na mão deles e, ao confiscarem-lhe todos os bens nada o país lucrou e o pior foi conduzir as finanças públicas à penúria pois toda a economia se arruinou. Muitas casas comerciais e financeiras faliram e, o próprio estado ficou sem nada no tesouro e cheio de grandes dívidas.

Se a vida nas cidades era uma verdadeira miséria e havia roubos de noite e de dia mesmo com portas trancadas às sete chaves, a vida no campo também não era boa, mas sempre havia alguma ajuda entre os vizinhos.

Nas aldeias, cheias de gente nova e trabalhadora, produzia-se tudo o que era possível para vender nas vilas e nas cidades para matar a fome a todos mas, mesmo assim, ainda havia falta de tudo.

Pode-se dizer, em abono da verdade, que foi o braço esforçado do povo que venceu, com grandes sacrifícios, essa grande crise e, apesar de ter sido agravada pelo rebentar da 1ª Grande Guerra Mundial de 1914 a 1918.

Foram anos de dificuldades e privações até ao Estado Novo e à Constituição de 1933 altura em que começaram a resultar as medidas impostas por Salazar que, conduziram à recuperação da
Economia e finanças de Portugal, e que foram progressivamente melhorando até ao 25 de Abril.

A chamada revolução dos cravos feita em nome da salvação do povo, se trouxe algumas melhorias foi sol de pouca dura, porque decorridos dois anos estavam esvaziados os cofres do estado e, temos andado de crise em crise e, adeus mundo, na realidade, não existe nenhuma garantia de e que o nosso futuro será melhor.

O que se sente é que a luta política se tornou num luxo de disputa
desenfreada  de tudo o que são lugares do poder da nação e que toda a governação do estado português consome o que o país não consegue produzir.

Assim compete ao povo acabar com todos os luxos do governo, da assembleia da república, e de todos os departamentos do estado, fazendo com que a lei seja igual para todos.
É preciso moralizar as hierarquias e introduzir uma escala com sete degraus e que cubra todas as categorias de trabalhadores universalmente com base no mérito de cada um e não nos lobbies que se tem criado por todo o lado.

Todos os privilégios que se foram criando para os servidores do estado não tem nenhuma razão de existir: ou serão extensivos para todos os trabalhadores; ou terão de acabar.

Os escalões de vencimentos seriam assim:
525€ para ordenado mínimo e 3.675€ para ordenado máximo.
725 €  “                                       5.075€  “

Se continuar como está não pode conduzir a um bom destino na minha opinião.
  
Manuel Mar.
®
Torres Novas,25/03/2015
Foto: Net

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