domingo, 7 de agosto de 2016

AMOR À ARTE



























Relicário de Manuel Mar.

O AMOR À ARTE

O amor à arte nasce durante a juventude
Nos momentos em que um museu se visita
E se vêem obras na sua imensa amplitude
Os matizes dos quadros de beleza infinita
Em que, e sem pensar se muda de atitude
E que o desejo de experimentar lhe grita
Porque o museu tem essa grande virtude.

O mesmo acontece ao andar pelo campo
Ao sentir esse abraço que lhe dá o vento
Por ver flores cheias de beleza e encanto
As coisas de que não tinha conhecimento
O firmamento que o cobre com o manto
Já o futuro está a mudar nesse momento
E as brincadeiras vão ser postas no canto.

E ao falar com os amigos tudo se muda
Conta com emoção o que no peito sente
Logo ao seu mestre vai pedir uma ajuda
E o querer fazer arte fica bem presente
A sua boca nunca mais pode ficar muda
E começa já a falar de forma eloquente
Porque agora é só a arte que ele saúda.

A pouco-e-pouco compra o que lhe falta
Já começa no cavalete quadros a pintar
Não é tão fácil como diz muita da malta
A sua tenacidade há-de tudo ultrapassar
E o seu primeiro esboço tem já nota alta
Saiu-lhe melhor do que seria de esperar
Mas assim ganha fama e a obra exalta.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 7/08/2016

Foto: Net

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